Um guia pessoal de navegação nas ondas do streaming – Edição 37
Wheelman não é um super-herói, mas tem um dom especial para dirigir enquanto fala ao celular (e tenta salvar a própria pele). O filme original da Netflix estreia hoje.
Sexo é vida, já dizia a propaganda do Boston Medical Group. Decidimos então satisfazer um desejo antigo da nossa audiência com uma lista estendida (sem trocadilho) de filmes e séries sacanas (mas com conteúdo) na Netflix. Em tempos de patrulha do MBL, não se esqueça de conferir a censura antes de assistir:
De Olhos Bem Fechados – O último filme de Stanley Kubrick foi lançado pouco depois da morte do diretor. O que rendeu suspeitas de que executivos do estúdio teriam mexido na versão que foi aos cinemas. Alterado ou não, o fato é que o filme é considerado uma obra-prima para uns (como este Netflista) e um desastre para outros. Mas (quase) todos concordam em algo: Kubrick não sabe filmar uma suruba.
Kiki – Os Segredos do Desejo – Dacrifilia, hifefilia, somnofilia, harpaxofilia. Provavelmente você nunca ouviu falar nesses termos, mas são todos taras sexuais para se conhecer nesta comédia espanhola. E para quem já está se perguntando: “Netflista, cadê o Almodóvar?”, saiba que deixamos o diretor de fora de propósito porque a Netflix fez o favor de manter apenas um filme dele no catálogo (#protesto).
Shame – Michael Fassbender, o ator que faz o vilão Magneto nos filmes dos X-Men, mostra todo o seu “calibre” logo na cena inicial deste filme, que retrata um homem viciado em sexo. Parece o roteiro perfeito de uma pornochanchada, mas o efeito é o oposto. A cena com a atriz Carey Mulligan cantando New York, New York resume a beleza e a melancolia desta história, criada pelo mesmo diretor de 12 Anos de Escravidão.
The Affair – A série tem o velho e conhecido roteiro do marido que arranja uma amante e em algum momento troca a esposa por ela. O diferencial aqui é como a história é contada. No começo da série, uma mesma situação é contada duas vezes, de perspectivas diferentes: da feminina (da mulher traída) e da masculina (do marido). Essa repetição não é mantida ao longo de toda a série, mas a trama mantém a atenção.
Perdas e Danos – Uma pequena obra prima da sacanagem com classe, este filme traz no elenco os “monstros sagrados” (Faustão feelings) Juliette Binoche e Jeremy Irons. Diretor do longa, o francês Louis Malle é conhecido por tratar de temas polêmicos e críticos aos valores burgueses. Fazendo jus à fama, o longa conta a história de um político que tem um caso com a namorada do filho. Prepare-se para o final.
Queda Livre – O cinema não é feito só de sacanagens heterossexuais (ainda bem!). Neste Brokeback Mountain alemão, dois policiais dão lugar aos cowboys que se apaixonam torridamente. Com um roteiro bem construído e sensível, o longa ainda tem como trunfo uma bela fotografia, que capricha especialmente nas cenas de sexo. Os órfãos de Sense 8 poderão matar um pouco das saudades do bonito do Max Riemelt, que faz o personagem Wolfgang Bogdanow da série.
Bônus meme
Ninfomaníaca – Como todo Lars von Trier, este não é um filme leve. Então se você não esta no mood, volte para o começo da lista e vá dar umas risadas com Kiki. Figura controversa (e agora também acusado de assediador), o diretor dinamarquês entrega tudo o que prometeu neste longa que acompanha a vida sexual de uma mulher desde a sua infância até a velhice: cenas com nu frontal e sexo (muito) explícito.
Old Boy – Nada, mas nada mesmo, é o que parece neste filme coreano tão genial quanto perturbador. A história tem uma premissa até banal: um homem é raptado e mantido em cativeiro durante 15 anos sem nenhuma explicação. Um belo dia ele é solto do nada e, claro, parte em busca de vingança. Nem precisamos dizer que as cenas que se seguem são pra lá de fortes. A da luta no corredor já se tornou lendária.
Numerologia – Enquanto nós do Netflista comemoramos a marca de 1.000 inscritos (agora somos mil e pouquinhos), nossa madrasta rica Netflix anunciou que ganhou mais de 5 milhões de assinantes só no terceiro trimestre. Agora são 104 milhões de usuários do serviço de streaming em todo o mundo.
Dinheiro$ – O lucro da Netflix foi de US$ 130 milhões entre julho e setembro deste ano, 30% a mais que no mesmo período de 2016. Só a receita foi de quase US$ 3 bilhões. Parece muito, mas Reed Hastings, o chefão da Netflix, já anunciou que vai gastar US$ 8 bilhões no ano que vem só para produzir conteúdo original.
Olímpico – Você é um supermaratonista? Não estamos nos referindo àquelas pessoas que fazem corridas de até 100 km, mas gente que faz coisa ainda mais radical: assistir a uma temporada inteira de série nas primeiras 24 horas após o lançamento. O Brasil está em 10º lugar no número de praticantes deste novo esporte, que um dia há de virar modalidade olímpica.
Cinema – Atenção, maratonistas da Netflix: é hora de sair do sofá de casa e praticar em outras poltronas. Começou nesta semana a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, com uma programação de 394 filmes, exibidos até o dia 1º de novembro. Entre os destaques estão The Square, vencedor da Palma de Ouro em Cannes, e O Outro Lado da Esperança, que levou o Urso de Prata em Berlim.
Leia mais notícias, listas e dicas da Netflix em nossas edições passadas. Lembrando que alguma atração indicada pode ter saído do catálogo…
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