Um guia pessoal de navegação nas ondas do streaming – Edição 41
Mais um fruto da parceria desfeita da Netflix com a Marvel, O Justiceiro estreia hoje. A série teve o lançamento adiado em razão do massacre em Las Vegas e chega com a missão de não banalizar ainda mais a violência.
Cara gente Netflista, se ainda não estava claro o motivo pelo qual precisamos de um Dia da Consciência Negra, o caso de William Waack está aí para nos lembrar. A internet maravilhosamente mostrou pra ele as ótimas coisas que pretos já realizaram. Nossa humilde contribuição vai na forma uma lista feitos por/para/sobre negros:
Selma – Estava mais do que na hora dos negros contarem sua própria história, de sua própria perspectiva. É isso que a diretora Ava DuVernay faz neste longa que retrata a marcha liderada por Martin Luther King para reivindicar o direito ao voto, momento menos midiático do que o discurso “I have a dream“, mas igualmente importante. Seu trunfo é biografar Luther King como um homem político e não seu perfil pessoal.
Cara Gente Branca – Pra você que se acha todo “desconstruidão” e livre de preconceitos, Cara Gente Branca (a série e o filme) são bons choques de realidade. Racismo aqui é só o ponto de partida. A revista Superinteressante fez uma lista esperta com os principais ensinamentos da série.
Barry – Obama fumava (inclusive “a ervinha”) e namorava uma branca na faculdade. Choque! (contém ironia). Essa cinebiografia do homem antes da Michelle que viria a se tornar o primeiro presidente negro dos EUA é um deleite, da fotografia à trilha sonora, passando pela precisa atuação de Devon Terrell. Para matar as saudades de Barack e conhecer o trabalho do diretor-investidor indiano Vikram Gandhi.
Moonlight – “Quando você assiste a ‘Moonlight’, você não supõe que um garoto que cresceu como e onde nós crescemos iria crescer e criar uma obra de arte que ganha o Oscar.” A frase faz parte do discurso preparado, mas não lido, pelo diretor Barry Jenkins na confusão do anúncio de melhor filme deste ano. E o longa é mesmo uma obra-prima do que o cinema chama de estudo de personagem.
Scandal – Um dos dramalhões mais viciantes da Netflix, esta série tem muito a dizer sobre raça em meio ao ritmo alucinado em que se move a trama. A mensagem de Shonda Rhimes (criadora de Grey’s Anatomy) às vezes é sutil, mas embasa um dos melhores episódios da série: The Lawn Chair, o 14o episódio da quarta temporada. Se não quiser ver a série inteira, veja apenas esse capítulo, um dos raros “stand-alone” do seriado.
Cidade de Deus – O cinema brasileiro nunca mais foi mais o mesmo depois que esta galinha resolveu estragar o churrasco de Dadinho. Quer dizer, Zé Pequeno. O filme é um retrato moderno do Brasil desigual que cresceu às margens do Estado. E ainda conseguiu o feito de conseguir quatro indicações ao Oscar, inclusive de melhor diretor para Fernando Meirelles.
A Princesa e o Sapo – Tiana foi a primeira (e única) princesa negra da Disney, que já tinha 75 anos de história. O título original seria “The Frog Princess”, mas a Disney resolveu mudá-lo após (óbviamente) receber críticas de preconceito racial. A história segue o roteiro de conto de fadas, mas com o bônus de uma trilha sonora baseada em jazz e personagens nomeados em homenagem a Louis Armstrong e Ray Charles.
Cavaleiro de Copas – Com um elenco invejável (Christian Bale, Natalie Portman e Cate Blanchett), este é um longa do diretor Terrence Malick. Lembram de A Árvore da Vida, aquele que as pessoas ou amam ou odeiam? Então, se você é da turma que amou, provavelmente vai gostar deste também. Se não, é melhor passar. Malick segue a mesma narrativa sem muito contexto, em um desfile de belas imagens que não necessariamente se conectam. O clássico: deixe o espectador completar as lacunas.
Concorrência – Além de um catálogo invejável, o serviço de streaming que a Disney pretende lançar em 2019 será mais barato que a Netflix. Quem garante é o presidente da empresa dona do Mickey, Robert Iger. Mas o preço baixo tem uma contrapartida: a quantidade de filmes e séries disponíveis no serviço da Disney será menor.
Em flagrante – Uma pesquisa da Netflix com 37 mil adultos em todo mundo mostrou que 67% das pessoas assistem a conteúdos na plataforma fora de casa. Aviões e ônibus são os locais mais populares para acompanhar os conteúdos do streaming. Mas cerca de 26% responderam que já viram algo durante o expediente de trabalho.
Reunião de gigantes – O Facebook se uniu ao Google, Netflix e Amazon na Alliance for Open Media, consórcio dedicado à melhoria das tecnologias de streaming de vídeo. A ideia da organização é criar tecnologias que tornem as transmissões online mais adequadas a todo tipo de conexão.
Netflix contrata – O ilustrador brasileiro Billy Butcher criou uma série de capas de livros para cada um dos episódios da segunda temporada de Stranger Things, inspirado nas referências à cultura pop dos anos 1980 da série. O material fez tanto sucesso na internet que ele acabou contratado pela Netflix para produzir conteúdos exclusivos.
Leitura – Mal comparando, a escritora Chimamanda Ngozi Adichie está para a literatura como Shonda Rhimes está para os seriados. Em Americanah ela retrata Ifemelu, aquela amiga que todos queremos ter: inteligente, sagaz, com aquele humor afiado. Ela não é perfeita, claro. E enfrentou todo tipo de perrengue na vida, como todos nós – com as sutilizas (ou não) do racismo.
Leia mais notícias, listas e dicas da Netflix em nossas edições passadas. Lembrando que alguma atração indicada pode ter saído do catálogo…
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